terça-feira, 2 de junho de 2015

Voa em Paz Passarinho




 VOA EM PAZ PASSARINHO


 Pois...
 Há coisas que ninguém se lembra
 Só os amigos dos hábitos diários
 Sentem a falta dessa rotina.

 ...É pena, devia ser bom homem...
 Mas sofrer....isso é que não.
 Não se deve ter pena
 De quem está a falecer

 Haja consciência de que o tempo escasseia
 É a sua última experiência de vida
 Uma contagem decrescente
 Dias, horas, minutos, segundos
 E piiiiiiii...

 Começou o sono dos justos
 Morte e justiça não combinam
 Pessoas boas, simples e humanas
 Não deveriam morrer
 Ficamos mais pobres
 Sem o privilégio da sua companhia

 Quando essa vida se vai
 Sentimos um grande vazio
 Preenchido com a sua ausência
 O lugar, identifica uma permanência
 De não encontrar quem costumava estar

 Conversas que se querem recordadas
 E nunca esquecidas
 Esquecem-se coisas e perdoam-se outras
 Entre nós nada disso aconteceu

 Admiro-te
 Eras um guerreiro...
 O verbo desistir não conhecias
 Não pertencia ao teu vocabulário

 Voa pardal...
 A morte deu-te um presente
 Deu-te asas
 Voa em paz, Amigo

Até Ontem

Ana Rosa

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