VOA EM PAZ PASSARINHO
Pois...
Há coisas que ninguém se lembra
Só os amigos dos hábitos diários
Sentem a falta dessa rotina.
...É pena, devia ser bom homem...
Mas sofrer....isso é que não.
Não se deve ter pena
De quem está a falecer
Haja consciência de que o tempo escasseia
É a sua última experiência de vida
Uma contagem decrescente
Dias, horas, minutos, segundos
E piiiiiiii...
Começou o sono dos justos
Morte e justiça não combinam
Pessoas boas, simples e humanas
Não deveriam morrer
Ficamos mais pobres
Sem o privilégio da sua companhia
Quando essa vida se vai
Sentimos um grande vazio
Preenchido com a sua ausência
O lugar, identifica uma permanência
De não encontrar quem costumava estar
Conversas que se querem recordadas
E nunca esquecidas
Esquecem-se coisas e perdoam-se outras
Entre nós nada disso aconteceu
Admiro-te
Eras um guerreiro...
O verbo desistir não conhecias
Não pertencia ao teu vocabulário
Voa pardal...
A morte deu-te um presente
Deu-te asas
Voa em paz, Amigo
Até Ontem
Ana Rosa
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