terça-feira, 2 de junho de 2015

Ano Novo





 ANO NOVO

 Final de mais um ano
 Fim de muitas coisas
 Inicio de tantas outras
 Coisas que me acompanharão 
 Até ao fim da minha vida

 Como abraços entrelaçados
 Como fita que amarra
 Nossos presentes
 Trocamos nossos corações
 Trocamos um eterno beijo
 Tudo o que é meu será teu

 Penso que o espaço e o tempo
 Não serão impedimento
 Para quem se quer tão bem!
 A alma não pede espaço 
 Ou tempo para amar

 A alma é livre para treinar beijos 
 Há um oceano entre nós
 Que tanto nos dói
 Amar também é sofrer
 Desespero de ter e não tocar
 Não tocar e ser amado
 Telepaticamente vamo-nos amando

 Sentimento belo
 Amizade pura 
 Fruto de uva madura
 Amizade brindada
 Com um bom vinho
 Amizade consagrada

 Senti-me beijada
 Muito abençoada
 Consagração consumada
 Entre os nossos países
 Em forma de nós

 Sou fado e vinho do Porto
 Tu és samba, carnaval e orixás
 Mulatas como sereias
 Filhas de Aí Manja
 Temos cristos de braços abertos
 Que abençoam nossas vidas

 Deuses...
 Aprovam a nossa tertúlia
 De taças de vinho abençoado
 Que ao pôr-do-sol rubro será
 Por nós bebido e degustado

 Enquanto houver vida em nós
 Sempre haverá rima num poema
 Lembrar aos descendentes
 Que toda nossa razão
 Nunca se deverá esquecer
 Os nossos grandes heróis


Até Ontem

Ana Rosa

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