TELA VIVA
Estou a perceber...
A entrar em transe...
Um sentimento que fala
Através de uma obra
De arte feita
Abrindo os olhos, questiono...
Quem é o autor da criação?
De nada me lembro
O nada surge no meu olhar
Choro, choro sem saber porquê
Fiquei com astenia e tremores
Sem poder controlar
As forças iam-se desvanecendo
Senti que ia desmaiar
Estavas em minha tela
Olhando-me fixamente
De forma suplicante
Sei que estás aí
Sinto a tua energia
Tomas a minha consciência
Há um desespero que me inquieta
Minha mente revela ansiedade
De te tomar em meus braços
E amar-te num vazio de saudade
Há uma linha no meu trajeto
Que me impede ultrapassar
O terreno é inóspito
Não estou bem neste lugar
Preciso ouvir o teu respirar
Não havia ar como aquele
Em nenhum lugar
Sentir o odor do teu corpo
Era tão bom
Tão bom
Quando me tomares novamente
Desenha-me a mim mesmo
Desenha a saudade que sinto
Desenha-me em felicidade
Que existia no nosso desejo
Deixarei a porta aberta
À espera para te receber
Serás meu modelo de energia eterna
Desenha-me a tua imagem
Dá-me inspiração e proteção
Para criar o meu coração
No seu lugar está só o sítio
Vazio, escuro e frio
Leva-me...
Ainda sonho contigo
Teu perfume é o meu castigo
Estou preso a ti
Numa mensagem em forma de tela
Do teu suplicante olhar
Não tardes
Vem pintar o meu olhar
Olhando o teu olhar
Até Ontem
Ana Rosa
Sem comentários:
Enviar um comentário