quinta-feira, 4 de junho de 2015

Envolvências




ENVOLVÊNCIAS

Que envolvência encantadora
 Encantas-me sem que eu queira
 Enganas-me com teu encanto
 De todo o feitio e maneira
 Encantas-me com habilidades
 Duma magistral feiticeira


Por ti tudo faço
 Mesmo que não queira
 És engano que engana
 Com grande astúcia 
 Levas-me a cometer erros
 Sem pensar que o são.
 Erros que não têm perdão
 A cometer loucuras 
 De maldade pura

És mulher que engana
 De forma sábia 
 Muito madura
 Tens preceito de candura
 Em eliminar muros e barreiras 
 Com mentiras de sábias verdades

És pura maldade
 Aragem envenenada
 És envolvência certeira 
 Com temperamento bífido
 Que de ti fazes oficio
 És agonia
 És história de mitologia
 Que envenena 
 De forma amarga e fria

Sem remorsos
 Nem arrependimentos
 Tuas histórias perdem-se no tempo
 Matas o tempo
 Com diabólicos pensamentos 
 E misturas de alquimia 
 Mudaste meu tempo 
 São teus todos os momentos 
 Desta minha vida

Há somente horas
 Sem minutos e segundos
 Envolves-me com teu encanto
 Já não sei quem sou eu
 Nem se minha alma
 É tua ou minha
 Tua bífida língua encanta
 Tens um maligno assobio
 Que tomo por bela melodia
 E que me domina 

És tudo o que eu não queria
 És maldade e mentira
 Aos poucos tudo me tiras
 A vontade própria e auto estima
 Depois de tudo me tirares
 Não passo de um mero farrapo

Mordeste-me com tua maldade
 Teu poderoso veneno
 Espalhou-se no meu corpo
 Morro assim lentamente
 Olhando para ti.
 Olhas-me fixamente 
 Em espera serena
 Para que te entregue
 O meu último suspiro

És uma mulher que encanta
 Amas e depois matas
 Liquidas tuas presas
 Duma forma lenta
 És lenda mitológica 
 Que ama de forma ilógica
 És a verdadeira serpente

Até Ontem

Ana Rosa

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