quinta-feira, 4 de junho de 2015

Fortuna



FORTUNA

Com encanto e alegria
Recebo esta fortuna
Um Verão belo e florido
O lindo canto da cotovia
O belo aroma da natureza
O cricrilar dos grilos
O estridente canto das cigarras
Tentando ambos atrair
As suas mais belas fêmeas...
E olho com prazer e admiração
A grande azáfama das formigas
Na sua incansável missão

Época do ano inconfundível
Cerejeiras em flor
Terra abençoada do Fundão
Andorinhas fazem ninhos
Cantando piares de alegria
A natureza regala-me com tal beleza
Apaga qualquer réstia de tristeza
Que possa pairar num coração
Há beleza sem igual em qualquer Verão
Está presente em mim o conceito
De incomparável satisfação

É tudo natureza
Que muitos poetas descrevem
Ao ver assim tudo tão perto
Sinto-me pessoa afortunada
Nesta canto de Portugal
Onde em cada pedaço de terra
É tudo tão belo
De beleza sem igual

Ribeiros que descem a serra
Cantam melodias cristalinas
Ventinho que queima o rosto
Árvores brotam seus frutos
Que saboreamos com gosto
Colhe-se o trigo e o milho
Acompanhado de belas cantigas

Gentes sequiosas de amor
Pedem aos seus pares namoro
Uns aceitam, outros não
Mas mesmo sem ser amado
Nos arraiais, ninguém fica sem par

Nesta época de verão
Espalha-se o amor e a alegria
Há sonoras gargalhadas
Amizades francas e coloridas
Amigos são mais amigos
Criam-se amizades duradouras
Espalham-se sorrisos
Largos e francos
Nunca dados por obrigação

Apanham-se belas flores
Apertam-nas junto ao coração
Presenteiam-nas aos andores
Toda a terra que se preza
Tem a sua anual procissão
Abençoado mês de agosto
O ventinho já beija o rosto
Promessas são cumpridas
Pelas graças concedidas
A Nossa Senhora da Conceição

Até ontem

Ana Rosa

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