terça-feira, 2 de junho de 2015

Preconceito





 PRECONCEITO

 Sabem?
 Que às vezes falo com os meus poemas?
 É como se falasse com um amigo
 No meu poema falo tudo o que quero
 E não o que as pessoas querem ouvir
 Depois, são as gargalhadas que dou comigo mesma
 O tempo passa e solidifica-se uma amizade
 Comigo... mais... migo...

 Tem graça, há quem me apele de doida
 Por esta forma de ver as coisas
 Ou que só digo maluquices
 Ho!...
 É uma pena!
 É tão aborrecido ser normal!
 Prefiro ser diferente
 Do que viver uma vida sem sal

 A partir do momento que nascemos
 E tomamos conhecimento
 A vida não perde tempo
 E nos põe constantes acentos
 O que nos torna palermas!...
 Por excesso de proteção
 Que vai matando aos poucos 
 O nosso coração

 Passamos a ser escravos da tradição
 Onde o preconceito nos é dado como perfeito
 Mas não o é de modo algum
 Acabemos com o preconceito
 Pois o mundo não é perfeito

 Sendo assim, a maioria dos mortais
 Vive totalmente insatisfeita
 Abnegada, intolerada
 E posta de parte
 Mas a vida não tem que ser assim!
 Olhem para mim!
 Vivo totalmente ao contrário
 Tenho falta de preceito
 Muitos me criticam,
 Dizendo que vivo em desrespeito
 Quero lá saber...
 A vida é minha
 Dispenso em minhas costas palmadinhas
 E não escrevo sob condição!
 Fartei-me de ver esvoaçantes asinhas
 Formigas que seguem em carreiros
 Bem comportadas
 De bruxas que fogem da água benta e do sal
 Prefiro o real, que me faz bem e nunca mal
 Digo palermices?
 Não faz mal!
 Estou-me nas tintas...
 Que achem bem, ou que achem mal!...


Até Ontem

Ana Rosa

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