PRECONCEITO
Sabem?
Que às vezes falo com os meus poemas?
É como se falasse com um amigo
No meu poema falo tudo o que quero
E não o que as pessoas querem ouvir
Depois, são as gargalhadas que dou comigo mesma
O tempo passa e solidifica-se uma amizade
Comigo... mais... migo...
Tem graça, há quem me apele de doida
Por esta forma de ver as coisas
Ou que só digo maluquices
Ho!...
É uma pena!
É tão aborrecido ser normal!
Prefiro ser diferente
Do que viver uma vida sem sal
A partir do momento que nascemos
E tomamos conhecimento
A vida não perde tempo
E nos põe constantes acentos
O que nos torna palermas!...
Por excesso de proteção
Que vai matando aos poucos
O nosso coração
Passamos a ser escravos da tradição
Onde o preconceito nos é dado como perfeito
Mas não o é de modo algum
Acabemos com o preconceito
Pois o mundo não é perfeito
Sendo assim, a maioria dos mortais
Vive totalmente insatisfeita
Abnegada, intolerada
E posta de parte
Mas a vida não tem que ser assim!
Olhem para mim!
Vivo totalmente ao contrário
Tenho falta de preceito
Muitos me criticam,
Dizendo que vivo em desrespeito
Quero lá saber...
A vida é minha
Dispenso em minhas costas palmadinhas
E não escrevo sob condição!
Fartei-me de ver esvoaçantes asinhas
Formigas que seguem em carreiros
Bem comportadas
De bruxas que fogem da água benta e do sal
Prefiro o real, que me faz bem e nunca mal
Digo palermices?
Não faz mal!
Estou-me nas tintas...
Que achem bem, ou que achem mal!...
Até Ontem
Ana Rosa
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