Ser poema
(...) Como tuas palavras são lindas,
por tua mão escritas,
numa leveza serena,
existes em cada letra, em cada verso,
... tu és, um poema!
No patamar da noite,
como quem acaricia estrelas
somente tua mão sabe dize-las,
da tua alma saidas, como culto!
E depois mas dás,
como lindas prendas!...
Dizes serem pequenas,
mas são elas para mim,
as maiores do mundo!
São dádivas, são caricias,
parecem brisas saidas,
de um campo de perfumadas violetas...
Quando a luz prata no céu cintila
na copa do teu cabelo,
tu simplesmente és,
só como tu sabes se-lo
e no instante desse teu encanto,
se esbate a sombra do silêncio
infinito que a ti me prende,
ontem hoje e sempre!
Suspendes o tempo, no arrepio de um beijo,
tua voz é melodia perfeita
em tons de madrugada
como flor que se agita nas linhas
de uma aurora ainda deitada! (...)
Ana Rosa
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