sexta-feira, 10 de maio de 2019

A queda



A queda

(...) Há sempre algo em torno de nós, 
Que aos nossos ouvidos flauteia, 
com melodiosa voz
como caçador rodeando sua presa
sem que visível ao nosso olhar, seja! 
Passa por nossas vidas, como veneno, 
e que com algo nos presenteia!
Impede que circule livremente
o sangue em nossas veias
É força voraz que nos cativa  
em sua teia nos enaltece 
e torna inatingível, 
julgando de tudo ser capaz, 
até do impossível!
Dá-nos a sensação de poder
incomensurável de tudo ter 
e também saber fazer.
Deslizando como algo pulsátil,
momentaneamente, tornamo-nos, 
invencíveis e versáteis.
Nestes momentos, 
surpreendemo-nos a nós mesmos 
e não nos reconhecemos, como nós.
Perante todos os outros, 
tornamo-nos irreconhecíveis.
Nossa voz fala baixo, num ensurdecedor ruído
Controlá-lo é ridiculamente difícil.
É fascinação em surdina, 
que nos chama com voz meiga, ardilosa e sutil
A ascensão da vaidade ... 
O precipício do fim do imbecil! (...)

Ana Rosa Cruz

crz@Direitos Reservados






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