quinta-feira, 4 de junho de 2015

Somente Amor



SOMENTE AMOR

O amor, quando verdadeiro
É dado de forma inteira
Completa o incompleto
É sereno, fresco e terno
Neste amor pode haver
Muitas chegadas e partidas

O abraço da chegada
Supera a amarga lágrima
Do momento da partida
O amor não se explica
É dádiva nunca negada
É um presente do céu
Existe... simplesmente existe
Não se pergunte mais nada

É chama sempre acesa
Com um calor sem fim
É palavra sem explicação
É uma infinita mistura
De sentimentos... sentidos
Que têm o dom de criar vida
Toda a vida
Tem a sua razão de ser no amor

Amor puro
É voar junto
Na pureza de uma aventura
De espíritos sem medo de voar
O amor é um voo diário
Que se sente intensamente
É uma forma natural
Que brota sem esperar
Tudo à sua volta é alegria infinita
É chama que brilha
Sem conta, peso ou medida
Apenas se sente arder
Seu arder não finda
É coração em chama
Onde há verdadeiro amor
Não há raças, credos ou idade
O amor classifica-se
Como sem classificação

A cor do amor é linda
Sem cor alguma
É cor indefinida
Que não faz mais que dar cor
À vida sem cor
É a cor duma transcendência
Duma eminência 
"de que quem ama cuida"
É cor que não é cor
É transparência
Vento em turbulência
Que varre a nossa consciência
E cabelos despenteia

Deixamos de ter noção 
Da noite e do dia
Não existem horas no amor
deixam de existir
O amor é dado
com o "pão nosso de cada dia"
É alegria
É alimento que a fome sacia
Numa refeição acompanhada
Com um bocado de nada
É vida com estrada adversa
O amor assim começa
Onde muitos de nós acaba
O amor é semente 
Deve ser semeada e regada
Não olhem com estranheza
Se virem uma flor nascer
Nas areias do deserto

Este nobre sentimento
Dizem que com o tempo se vai 
Como poeira soprada pelo vento.
O amor é um rochedo
Gasta-se nas agruras do tempo
É rocha de puro sentimento!

Deste rochedo se constroem
Os mais belos monumentos
Que o tempo pode ferir de ruína
Mas...
O espírito do amor 
Neles sempre habitará

Até Ontem

Ana Rosa

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