BONDADE DE BRILHAR
Se pensas ser generosa
Retira os teus brios de aparência
Maquilhagem e roupas de bom corte
Deixa-te ficar com a dignidade
Despe-te de ti própria
Como se fosse a última vez
Que te vestes.
A quem estás a fazer bem
É mais feliz a dar-te
O pouco que nada tem
Olha, olha!...
Não sofrem...
Por não ter o supérfluo
Sofrem por falta de pão!
Sofrem ao olhar dentro de ti
Ao ver o teu negro coração
Mãos abertas e de poucas palavras
Acarinhei e fui acarinhada
Fiquei!
A casa da rua sem pintura
Aleluia!...aleluia!...
Não sou mais um visitante
Deste lugar
Sem ilusão e arrogância.
Para a vaidade não há esperança
Há um bem estar de carência
Um beijo de violino ao recolher
Um papelão para aconchegar
A penitência de vento e chuva
É uma benção
Não uma maldição.
Neste lugar, a solidão não tem
E nunca terá lugar
Até Ontem
Ana Rosa
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