Pássaro de fogo
(...) Perto do sujeito,
desperta a alma, do verbo.
A estame de flor
o pássaro de fogo,
reclamando do mundo
a tal promessa
Voando lá longe,
na linha do horizonte,
Ardendo cá dentro,
como um regresso
na finitude do universo.
No crepúsculo empoleirado
em galhos surpreso,
suspirando o prometido
complemento direto,
Como se tudo
se enchesse de presente,
no sentido inverso
Num olhar resignado
tudo vai humedecendo
Mas se tuas mãos de veludo
ai deslisarem,
Das vogais e consoantes
se fariam palavras!
A vida repleta é de segredo,
chego até sentir pavor e medo,
sempre que em mim próprio
entro e estremeço
Como se tudo
eu me conseguisse ganhar
em cada verso
que me vou perdendo! (...)
Ana Rosa
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