quinta-feira, 14 de junho de 2018

Braços de mar



Braços de mar

(...) Quando na vida tudo se apaga, 
As ilusões extinguem-se uma a uma
Equiparo esta ingratidão a uma imensa vaga
Que cresce, se espraia e se desfaz,
Como simples manto de espuma...
Quando a luz se transforma em densa bruma,
O peito embate em rocha dura
Tudo em nós se esmaga, rasga e perfura
Nosso esforço deixou de ser aprumo
O escarnio é agora nossa paga
Quando na vida tudo já vacila, 
Tudo se quebra e aniquila,
Pedaço a pedaço, tentando derrubar minha fé
Que ainda respira na alma
Eu cairei, sim!... Mas cairei de pé!...
Meu corpo será embalado 
No regaço das vagas com ternura
Transportado na praia p'los braços do mar
Quando a lua meditar em baixa maré. (...)

Ana Rosa

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