Carapuça
(...) Há escritos que me baralham,
são, compostos de sentimento
e até de belas metáforas,
mas seu autor parece assanhado,
ou indisposto, um tanto agoniado!
Parece ter engolido um osso
e lhe ficou no gargalo entalado
Escrito por alguém azedo,
intragável e intratável!
Confesso não apreciar o autor,
este me parece rude
demonstrando seu pessoal ar
autoritário!
Como quem cobra uma dívida
ao devedor errado.
Admiro suas palavras,
seu pontuar sua forma
de expor e respirar!
Leio penso e depois falo!
Não faço nem o farei nunca
juízos precipitados
de valor diminuto ou acrescentado
nem é meu propósito
fazer deste meu cantinho
um verdadeiro campo de batalha
Críticas que firam a sensibilidade do escrito
Porque quem não gosta do que lê
Coloca de lado, não toca não mexe,
se abstém de críticas menos corretas,
em suma;
não estraga!
Espero contudo com este este texto
Reciprocidade!
E a carapuça, que somente assente
A quem lhe caiba! (...)
Ana Rosa Cruz
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