Morte
(...) Morte... como és tão forte!
Não há corpo que te resista
Nem espada que te corte
És sedenta e mórbida
Com ludibriante retórica
Não deixando contudo
De seres bem nobre
Tua passagem pelo mundo
Deixa-o mais pobre
Simbolizas o fracasso
E também a má sorte
Tens uma longa história.
Acendes os candelabros
De prata ou cobre
Como amuletos de vitórias.
És relíquia da antiguidade
Pavor da humanidade
És o símbolo do nojo e oblação
Dores em aflição
És um verdadeiro credo
Sem qualquer contradição
Tua aparição não carece
De qualquer apresentação
És árida e fria
Cheia de dignidade
Impões teu carisma
Justiceira empunhando espada.
Chegas docemente
Como gélida aragem
Dominas e abres feridas
Provocas sangramentos
Que se perdem pelos tempos
E por todas as paragens (...)
Ana Rosa
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