domingo, 29 de maio de 2016

Vírgulas





VÍRGULAS

A ternura dos seus dedos
Acariciavam as vírgulas 
Dos meus cabelos
Cavalgavam soltas
Como nuvens ao vento
Tal como se no céu
Se desenrolassem novelos!
Era tão doce seu toque!
Linguagem nua de mão serena
Seu sorriso acalmava-me
Acendia uma luz
Na escuridão da noite
Beijava os becos
Da sua lembrança
Tinha na boca um hálito
Tingido de verde esperança
Diminuía-lhe o nome
No carinho da sua grandeza
Ensinou-me a ser grande
Quando ainda pequena

Até ontem

Ana Rosa


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