UM DIA MÃE
A ruga acalentada há-de nascer
De novo na bainha dos míseros lábios
Dissipados nos purgativos anfíbios
Alçado ao norte da pousa a fenecer
O quimbo do meu eu está a perecer
Com todas as noites possíveis ébrias
De medo morto e saudades fímbrias
Só de relembrar o preto desaparecer
De meu pai naquele entardecer
Em que as lágrima tingiram o rosto
De minha mãe como bala a renascer
Mãe, não me olvidei do teu ser
Do teu beijo, da voz do teu sabor
Um dia voltarei à cubata do nosso ser
Fernando Goi
Pubicado por:
Ana Rosa
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