terça-feira, 3 de maio de 2016

Um dia Mãe




UM DIA MÃE

A ruga acalentada há-de nascer
De novo na bainha dos míseros lábios
Dissipados nos purgativos anfíbios 
Alçado ao norte da pousa a fenecer

O quimbo do meu eu está a perecer
Com todas as noites possíveis ébrias
De medo morto e saudades fímbrias
Só de relembrar o preto desaparecer

De meu pai naquele entardecer
Em que as lágrima tingiram o rosto
De minha mãe como bala a renascer

Mãe, não me olvidei do teu ser
Do teu beijo, da voz do teu sabor
Um dia voltarei à cubata do nosso ser

Fernando Goi

Pubicado por:

Ana Rosa



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