sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Cálice



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CÁLICE
Ana Rosa

(...) Não cales o que silencias
Em ti, minha essência respira
Para que te eternize o espírito
E fortaleça a alma
Para que vivas a vida
Que surja em teu rosto uma lágrima
Curando essa ferida que arde
Sofrida de forma calada
O que arde, também cura
Não te cales
Em cálices de amargura
Tal como eu me calo
O sofrimento a vida encurta
De forma suave tudo faz
Aquilo que eu não faço
Mesmo que te pareça loucura
Se o gritar te alivia...
Grita!
Não te sumas da vida
Essa, que deve ser vivida
Não sejas sombra subtraída
Sente tudo o que sinto
Sente-me...
No ar que respiras
Como fora eu soma da vida
No inatingível,
Não te confundas!
Torna-te inconfundível,
Não te ausentes!
Marca a tua presença na vida
E vive!
E se viver dói...
A dor também te ensina! (...)

Até ontem

Ana Rosa

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