Remendo
(...) Sempre senti o que mostrei,
em verso ou em prosa escrita.
O meu outro lado escondido
Aquele gosto p’lo obtuso
escangalhado e descosido.
Quantas e quantas vezes
dos farrapos de minha alma
costurei meu próprio vestido?
Quantas, não lembro bem
e se o lembrar também não digo!
Tudo o que sinto é remendado
e se soubesse medidas certas tirar
não erraria tanto!
Ás vezes o remendo, é menor que o
buraco
---Não comentem!...
---Pois errar é humano!
Com tecidos que me vão dando,
faço jus à minha humilde habilidade
---O que muitos desprezam,
outros estão desejando!
Depois, do delido cerzido,
fica como novo!
---Ninguém tem nenhum igual ao meu,
nem tão pouco parecido!
Pronto está, a ser vestido!(...)
Ana Rosa
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