À SOMBRA DE TI
Quantas vezes morri, à sombra de ti,
afagando tua insegurança
Enquanto te ressuscitava em meus braços
Amenizando teus traços de aço
Vibravas entre meus dedos, repletos de asas
E, perguntavas-me, se eu sabia,
O que significava, um sorriso triste
O centro brilhante das profundezas
da terra molhada...
O amargo olhar crispado de cansaço!
Incandescente ardor do teu caos,
por mim apagado...
Jazendo na cinza das águas!
Eu, respondia-te, por gestos repetidos,
Num silêncio de reticências;
A tantas coisa,
que nunca me perguntavas!...
Até Ontem
Ana Rosa Cruz
Arte: Retirado da Internet
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