OLHAR DE TRÉGUAS
Encalhado com descontento
Restos sistémicos
De si e em si têm assento...
Corroía-se ao balançar
Lambia as feridas do tempo
Que sarar não queriam...
Roendo caroços do tempo
Ouvia-se o ranger de dentes
Entrando pela noite dentro
Como navio de casco rombo
Já sem qualquer conserto...
Que a dor abandonou ao relento.
A areia esvaía-se pelos dedos
Em suas mãos frias...
Fechava os olhos
Cerrava os dentes
No anoitecer dos medos.
Abandonava-se,
Nas profundezas de si mesmo...
Já nada temia!
Até ontem
Ana Rosa
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