ODOR HIPNÓTICO
Rosa brava
Em leito de água parada
Descansa a beleza iluminada
Na sua fragância banhada
Entregou-se em delírios de amor
Amou e muito foi amada
Ao amar perdeu o coração
Alterou toda a cor
Da mortalidade da sua alma
Tonalidade pálida e desmaiada
Tomando-se cor-de-rosa clara
Criando o inconfundível odor
Odor esse a rosa brava
Tom de rosa claro
Botão de rosa em flor
Com seu esplendor de graça
Num bailado melancólico
À dança do amor se entregou
E da roseira se ausentou
Ao nascer a madrugada
Sua pernada da roseira
Alguém a cortou
E não mais às outras rosas se juntou
Tudo perfumava em sua volta
Com seu imaculado odor
Em torno de si tudo girava
Como se essa frágil flor
Estivesse num trono plantada!
Ao evadir-se da roseira brava
O odor da rosa, à roseira faltou
Beleza formosa cor de rosa...
Com odor hipnótico
Verdadeira essência histórica...
Feitiço de amor melancólico
Sem reclamações de dor..
Em pétalas chorosas
Não desistiu de carícias amorosas
Satisfazendo luxúrias hipnóticas
Com seu esplendoroso odor!
Seu nome é rosa...
Rosa, é também a sua cor!
Perfume de paixão...
De rosa brava em botão
Claridade luxúria e sedução
De madrugada surge como clarão
Mistério da germinação
Desperta em botão!
Bela flor, será imagem...
Sempre relembrada
Como essência de amor de perdição!
Até Ontem
Ana Rosa
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