segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Crisália





CRISÁLIA

Chegou a hora
De surgir a beleza
Após se tecer sobre si
O casulo rompeu
Prisioneira deixou de ser
No casulo que tecera
Sua beleza admirou
Ao evadir-se da prisão

Não mais foi prisioneira
E pela primeira vez
Soube ser borboleta
Abriu as asas e voou
Voou de flor em flor
Como se de seda fora
Teve receio...
Da condenação de posse
De possuir tão belas cores

Alisou as asas e aventurou-se
Abriu as asas ao mundo e voou
Nos mais profundos mistérios
Leve como pluma voa
Na sua pequena grande aventura
Voa num incerto futuro
Voa em incertezas
Em qualquer direção
Incerta e ainda tremelicante
Bamboleia-se...
Neste pequeno e grande mistério
De transformação exuberante
Nasceu para a liberdade de voar
Adoraçao dignificante
Pousando em meu dedo anelar
Este exuberante diamante

Até ontem

Ana Rosa



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