Espaço de vida
(...) ...Simétrico desejo de querer viver!
Na mão que risca o papel da nossa distância!
Viver, é ouvir toda a terra fresca quando canta,
em sons de sua sonora garganta.
Viver é querer destruir fronteiras
do relógio parado no tempo,
escutar o fluir das vozes largadas ao vento.
Viver, não é obrigar a mão a colecionar
palavras em ternos momentos
Viver, é ter aquele olhar de neblina
com névoas de outras vidas,
tantas e tantas vezes,
com pálpebras descaídas.
Viver, é chorar a saudade num regaço,
afagado por um olhar que escalda.
Viver, é amar o dia, que se despe
na escuridão acesa entre brasas
de meu corpo cansado e ardido.
Viver, é sentir a vida renascer da própria vida.
Sentir o que tem e não tem sentido.
Correr no despertar de fora para dentro,
sentido no despertar da ponta dos dedos.
Sente!...Viver, é fugir da vida adormecida!...
Viver é uma jornada de repouso,
ninho feito de sonhos e linho.
Quando em toda a casa é madrugada,
será porque a vida é o principal motivo! (...)
Ana Rosa
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