quarta-feira, 6 de julho de 2016

Hino





HINO

Tudo vos deixarei...
Deixar-vos-ei a mais bela herança, 
Que alguém pode receber!
Aceitai pois esta lembrança
Para que de mim, 
Vos possais sempre recordar!
Deixar-vos-ei todo o meu luar,
O brilho das estrelas, 
Para que vossas vidas, possa abrilhantar...
Ensinai a todos os homens,
Quando eu já cá não estiver, 
Como vê-las!
E não, simplesmente, as olhar...
Ensinai também, a amar como eu vos amei
Amar, é dar e receber!...
É o dom maior, que alguém pode ter!
E sempre assim será, 
Sempre que o homem quiser!
Se de vossos olhos alguma lágrima brotar,
Transformar-me-ei em mágica lamparina
E vossos caminhos abrirei
Para vossos sorrisos iluminar
Para que cada dia de vossas vidas, 
Seja pleno de luz e alegria
Que tenha eu o dom,
De vos poder alegrar, mais ainda...
Guiar-vos-ei até à mais alta colina,
Para que mais perto as estrelas, 
Possais contemplar...
Dar-vos-ei o dom da palavra,
Para pedir e nunca ordenar... 
Dar-vos-ei sapiência e sabedoria,
Para um hino criarem
"O hino da alegria"
Bastará somente que tenha sorrisos
Poderá, ser em prosa ou poesia...
Com, ou sem rima
E em surdina, largai-o lá bem em cima,
No alto da colina, 
Onde o céu começa e a terra termina!
Como poemas de ternura infinda 
Soltem-no, como hino de alegria, 
Como um belo raio de sol.
P'la manhã, toda a terra ilumina... 
Sem que nelas exista tristeza alguma
Vossas escuridões hão de aclarar,
As noites, serão dias, infinitos
A tristeza de vossos corações,
Hei de para sempre sarar.
Se houver silêncio em vossas vidas
Não caiam sobre a terra, como cinza ardida...
Da inercia, a sabedoria nunca germinará
Levantem-se e caminhem
Cá estarei mais uma vez e de novo,
Para vos ensinar a caminhar!
Se de novo tiverem de começar
Lá estarei à vossa espera
Com a mão estendida
Para vos amparar
Ajudando em tudo e de novo
A recordar o que haveis, esquecido!
Se sobre vós chover línguas de fogo,
Ouçam o som da chuva,
Que à terra há de dar de beber…
É o embalar da natureza
Anunciando que tudo o que morre, 
Há de novo nascer!
Lembrai-vos sempre que para colher,
Há que primeiro, plantar...
Para que os homens possam aprender
Que depois do ponto final,
Sempre se pode recomeçar
Basta desejar e querer!

Até Ontém

Ana Rosa Cruz Pinto





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