Suspiro
(…) Abrem-me tuas mãos
o apetite à madrugada…
Ouço o suspiro do dia
Que se levanta de corpo inteiro
Sobre o grito da noite devorada…
Desabotoando em mim
um abraço cardado…
De meu corpo ainda não dobado
Como pássaro do bando desencontrado
Voando em debandada
Sob o céu apurpurado
Vertendo rios de felicidade
Deixando nas suas margens
Charcos de leite coalhado. (…)
Ana Rosa
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