ESPADA
Olhar crítico de guerreiro
Que volta uma página marcada
Cuja leitura deixou pendente
Língua afiada como espada
Corta os espaços frios de silêncio.
Afaga a dor da palavra que em si arde
Aconchega-se na sua lembrança
A solidão o invade por dentro
Inquietante desassossego
De não clamar o medo.
Acorrentam-se as palavras
Com doloroso sentimento
Com roucos gritos de silêncio
Professa-se dolorosa castidade
De escrito inacabado
E tudo se acaba...
No vazio da última sílaba
O chamar, como fúnebre sentir
Declamando um poema sem termo
Sendo ele, o termo dele mesmo...
Calou-se a palavra
Chegou a era do silêncio
Até ontem
Ana Rosa
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